A Escola de Comércio de Lisboa (ECL) tem já mais de 30 anos de visão internacional, uma vez que já na fase de constituição, a escola enquadrou-se no Programa comunitário Petra, o qual permitiu estabelecer uma parceria com um liceu profissional francês com cursos na mesma área, o Lycée Professionnel Chalon sur Saône, o que trouxe uma enorme riqueza ao projeto, em particular no desenvolvimento curricular dos cursos profissionais. Esta parceria possibilitou ainda o intercâmbio de alunos e formadores, acelerando o processo evolutivo e inaugurando uma tradição de relações com o exterior.
Sabemos que é esperado hoje em dia pelo mercado de trabalho que alunos com qualificações profissionais tenham competências internacionais. As soft skills como a criatividade, curiosidade, resiliência, produtividade, adaptabilidade ou comunicação, são competências que se tornaram fundamentais no mundo em acelerada transformação. Isto diz-nos que a internacionalização não é um valor somente do mercado de trabalho, mas sim um valor em si mesmo, pois desempenha um papel fundamental no desenvolvimento da competência global (OCDE, 2018). De facto os cidadãos de hoje necessitam cada vez mais não só de demonstrar competitividade e preparação para um novo mundo de trabalho, mas, também, de desenvolver a consciência cultural e a capacidade de analisar e compreender assuntos globais e interculturais, onde as competências sociais e emocionais são tão fundamentais como valores como o respeito, a autoconfiança e o sentimento de pertença, se queremos que se envolvam na resolução de desafios sociais, económicos, políticos e ambientais a um nível global.

É por esta demanda que pretendemos ir mais longe, apostando, não só nas cerca de 100 mobilidades Erasmus+ de alunos e staff por ano, como incorporando a própria internacionalização e seus desafios no currículo, quer através do desenvolvimento de projetos nacionais, quer internacionais. Mais ainda, pretendemos através do novo Programa Erasmus (2021-2027), alargar a dimensão internacional através de parcerias transnacionais além Europa, nomeadamente com países lusófonos no Continente Africano.

Assim, tornar a aprendizagem e a mobilidade ao longo da vida uma realidade para os nossos alunos e docentes, promovendo a equidade, a coesão social e a cidadania ativa e incentivando a criatividade e a inovação tem sido, definitivamente, uma prioridade já bem definida no Projeto Educativo da escola pois queremos contribuir para um mundo mais inclusivo, justo e sustentável!

“That you are patriotic will be praised by many and easily forgiven by everyone; but in my opinion it is wiser to treat men and things as though we held this world the common fatherland of all.“ (Erasmus)