Em busca da sustentabilidade

Helga Duarte
ESCOLA COMÉRCIO LISBOA | COORDENADORA DO CURSO DE TÉCNICO DE COMÉRCIO

Hoje em dia muito se fala de sustentabilidade, mas afinal o que é mesmo a sustentabilidade?

Segundo o Business Council for Sustainable Development Portugal, “sustentabilidade é a capacidade de satisfazer as nossas necessidades no presente, sem comprometer a capacidade de as gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades.”

John Elkington, na década de 1990, criou o triple bottom line, ou seja, os três pilares da sustentabilidade que assentam no ambiente ou ecologia, na economia e no social, estando estes três interligados de forma a se atingir o objetivo da sustentabilidade.

De facto, todos nos preocupamos com a preservação do ambiente e para tal, desenvolvem-se campanhas de plantação de árvores, de reciclagem de resíduos, de não deitar o lixo para o chão ou simplesmente deixá-lo nas matas ou nas praias o que, de um modo geral, a maioria de nós cumpre com estes pedidos.

Do ponto de vista económico, as empresas procuram tanto quanto possível recorrer às energias renováveis, pois também já perceberam que ser sustentável representa reduzir custos e, apostam assim em torneiras temporizadas, embora esta prática seja apenas uma “gota no oceano”, pois muito mais há para se fazer.

Na verdade, podem e devem também as empresas/instituições apostar na reciclagem das garrafas de plástico, uma vez que, se pensarmos por exemplo, que cada turista bebe pelo menos uma garrafa de água por dia, vejam a quantidade de garrafas que poderiam ser devidamente depositadas em pontos de recolha destas garrafas. Só, em 2019, Portugal recebeu cerca de 24 milhões de turistas, já viram o número de garrafas para reciclar?

Mas não nos fiquemos apenas pela reciclagem das garrafas, pois para além da reciclagem temos também a utilização das energias renováveis, como o sol (energia solar), o vento (energia eólica), a chuva (energia hidráulica, entre outras as quais o nosso país tem vindo a apostar cada vez mais neste tipo de energias quer a nível empresarial bem como para consumo próprio.

Por isso é que, atualmente, Portugal é um dos países da Europa mais “verdes”, uma vez que mais de cinquenta por cento da energia que o nosso país gasta já é proveniente das energias renováveis.

Mas ainda a “procissão vai no adro” porque em matéria de sustentabilidade muito mais há a fazer nos próximos anos e será uma tarefa interminável. Se à temática da sustentabilidade ligarmos a temática do consumo nomeadamente o consumo consciente nas suas vertentes ambiental, responsável, solidário e saudável percebemos bem a dimensão do problema face ao qual quer individual quer coletivamente ninguém se poderá eximir de contribuir para a sua resolução.

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