Como está a evoluir o e-commerce em Portugal em 2020

André Teixeira
Sponsorship and Corporate Partnership Manager Digitalks & ClickSummit

Atualmente, é possível adquirir qualquer produto ou serviço online a qualquer hora e em qualquer lugar, usando apenas um computador, um tablet ou um simples smartphone. Desde o início de década, muito se tem falado sobre E-Commerce em Portugal, fruto da criação de novos players no setor e, sobretudo, devido ao hábito de fazer compras online que cresceu significativamente em Portugal. Porém, Portugal está ainda longe da média da União Europeia (UE) em termos de utilização por parte dos consumidores do comércio online. O que falta ao ecommerce em Portugal?

Os tempos imprevisíveis de entrega, as constantes ruturas de stock e a insatisfação dos consumidores portugueses levaram a que muitas empresas nacionais considerassem o investimento online como acessório e que o seu principal negócio se mantivesse no espaço físico.
Se por um lado a falta de investimento no e-commerce reduz a qualidade da experiência dos consumidores, a excelente infraestrutura de espaços comerciais que estão abertos todos os dias da semana e em horário alargado funciona como se uma concorrência direta dos negócios online se tratasse. Para muitos portugueses, nomeadamente, para a população idosa é mais
conveniente dirigirem-se a um centro comercial do que realizarem uma compra online e aguardarem a sua receção.
A penetração do e-commerce é uma das métricas mais procuradas para  compreender o impacto que o comércio eletrónico tem nos negócios. Na verdade, a discrepância entre a realidade portuguesa e a europeia continua até aos dias de hoje. Segundo a Comissão Europeia, 44,8% dos portugueses fazem compras online, número que fica muito aquém da média da UE (72%).

 

Fig. 1 – A proporção média de consumidores europeus que compraram online.
Fonte: Relatório “Consumers’ attitudes towards cross-border trade and consumer protection 2018” da Comissão Europeia.

 

Entre os países da UE, os níveis mais altos desse indicador são encontrados na Suécia (83,9%), Dinamarca (82,0%) e Holanda (80,5%). Além disso, os níveis também são altos na Noruega (81,8%) e no Reino Unido (88,5%). Os níveis mais baixos são encontrados em Portugal (44,8%), Chipre (46,4%) e Roménia (59,4%).

Segundo o relatório anual da E-Commerce Europe, 49% da população portuguesa que utiliza a Internet efetuou em 2018 algum tipo de compra online, enquanto que 88% dos suíços compraram online.

 

Fig. 2 – Percentagem de consumidores que compraram online no ano 2018.
Fonte: European E-Commerce Report 2019

 

Claramente que somos, a nível europeu, um dos mercados com menor volume de compras online.

O grau de excesso de oferta, de obsolescência e de penetração do comércio online é ainda muito reduzido em Portugal.

Na verdade, apenas 33% dos portugueses compram online através de um dispositivo móvel, enquanto que 43% utilizaram o computador.

 

Fig. 3 – Percentagem de utilizadores que relatam realizar cada atividade de E-Commerce (%).
Fonte: Estudo “Global Digital Report 2020” da We Are Social e da Hootsuite.

 

O Barómetro E-shopper do DPDgroup de 2019 revela que o e-commerce em Portugal representa apenas 9,8% do total de compras do e-shoppers regulares, abaixo da média europeia de 13,5%.

 

Importa saber os seguintes constrangimentos ao desenvolvimento e evolução do e-commerce em Portugal:

• Infraestrutura de espaços comerciais. Segundo a CBRE, a oferta comercial em Portugal está numa fase madura e a densidade de centros comerciais é superior à média europeia (0,27m2 por habitante em Portugal vs. 0,19m2 na Europa), o que aliado a horários alargados todos os dias da semana faz com que as pessoas se sintam confortáveis em comprar no espaço físico. De acordo com o mais recente Estudo de Natal da Deloitte, as famílias portuguesas continuam a eleger as lojas físicas como o sítio preferencial para adquirirem as suas ofertas, apontando como principais razões para esta escolha as políticas de devolução, o serviço personalizado de atendimento e uma maior confiança no método de pagamento utilizado.

• Capacidade de Inovação. A falta de escala e a necessidade de alocar recursos a outras atividades limitam a capacidade de investimento em inovação.

• Literacia Digital e Financeira. O consumidor nacional apresenta elevada iliteracia digital e financeira, o que representa um obstáculo ao desenvolvimento do e-commerce e ao aumento da utilização da internet.

• Consumo de dados. O elevado custo do consumo de dados móveis quando comparado com outros mercados europeus ou mesmo com outras economias emergentes, como é o exemplo do Brasil.

• Pagamentos online. Para muitos portugueses, comprar online não é seguro. Aliás, um dos maiores entraves no pagamento online em Portugal é a desconfiança. Ainda são poucos os e-shoppers que acreditam que as lojas online protegem os seus dados e que não os partilham sem a sua devida autorização. A par disso, verifica-se que existe um atraso significativo na disponibilização e adoção em Portugal dos meios de pagamentos mais utilizados em transações digitais a nível internacional. Apesar de dispormos de alternativas digitais (como o MB Way, MB Net e cartões contactless), só em 2019
chegaram a Portugal serviços como o Amazon Pay, Apple Pay, o Google Pay e o Samsung Pay.

• A Captação e a Retenção de Talento. Muitas empresas portuguesas não encontram talento em quantidade e qualidade suficientes no mercado de trabalho nacional para desempenhar trabalhos em funções de engenharia, tecnologia e informática. Segundo a Comissão Europeia, nos últimos 5 anos o desfasamento entre o talento disponível e as necessidades das empresas aumentou 14%, o que em Portugal equivale a uma procura por 15.000 postos de trabalho sem oferta correspondente.

• Disponibilizar um website otimizado continua a não ser uma realidade na maior parte das organizações. Muitos websites não estão otimizados para smartphones ou
preparados para aceitar pagamentos através de um dispositivo móvel. Isto não é um problema nacional, mas sim global, pois há milhões de pequenas empresas em todo o mundo que admitem que a sua prioridade máxima é manter os seus negócios. O facto de os websites não serem user-friendly dificulta a pesquisa pelo objeto pretendido, características, imagens ou falta de atualização de stocks, a não adoção de ferramentas de interação ao vivo para ajudar os consumidores (ex: LiveChat), a falta de contactos (muitas delas têm apenas o formulário de contacto), entre outros aspetos.

• Muitas pessoas não compram online, pois não estão dispostas a pagar portes de envio. Existem portes de envio em praticamente todas as lojas online do mundo. Já em 2016, a Comissão Europeia referia que um dos maiores obstáculos para o crescimento do comércio eletrónico é precisamente o elevado custo das entregas transfronteiriças.

• Os portugueses não estão dispostos a esperar pelos artigos. É preciso ter consciência de que se comprar a um grande retalhista nacional, a probabilidade de receber a encomenda num prazo máximo de 24 horas é de facto muito elevada.

• Muitos portugueses compram fora de Portugal, porque não há diversidade de oferta suficiente no país, além de ser geralmente mais barato comprar no estrangeiro. Portugal é o segundo maior país da Europa em termos de volume de compras feitas em sites estrangeiros. Há um problema na oferta, de não haver sites suficientes. De acordo com o estudo da “Economia Digital 2018”, China, Espanha, Reino Unido e os Estados Unidos da América reúnem as preferências dos e-shoppers nacionais. Curiosamente, o site AliExpress é atualmente a loja online onde os portugueses mais compram essencialmente produtos baratos.

 

Fig. 4 – Percentagem de utilizadores que compram num site estrangeiro (%).
Fonte: European B2C Ecommerce Report 2018

 

Portugal é o segundo país na Europa com o maior índice de compras em sites estrangeiros. Os consumidores macedónios e os portugueses são os mais interessados a comprar num retalhista estrangeiro (85%).
Na seguinte imagem podemos constatar que Portugal surge na primeira posição dos países que mais compram além-fronteiras com expressivos 86%.

 

Fig. 5 – Percentagem de utilizadores que compram num site estrangeiro (%).
Fonte: Global Ecommerce Market Ranking 2019 elaborado pelo World Retail Congress.

 

De acordo com os dados relativos ao estudo IPC Cross-border E-commerce Shopper Survey 2019 do International Post Corporation (IPC), a China é o destino de origem de quase metade das compras online dos portugueses fora do país. Em 2018 representaram cerca 46% das encomendas como poderá observar na seguinte imagem:

 

Fig. 6 – Percentagem de compras além-fronteiras por país (%).
Fonte: IPC Cross-border E-commerce Shopper Survey 2019 do International Post Corporation (IPC).

 

O site chinês Alibaba/AliExpress a par dos norte-americanos eBay e a Amazon, está entre os sites internacionais onde os portugueses mais compram. Só estes três sites representam 56% das encomendas internacionais dos consumidores nacionais. De salientar ainda que dos 27 países apresentados, a China surge na primeira posição em 22 países.



Dados macro relativos ao panorama do E-Commerce em Portugal:

População residente: 10.276.617 (INE, 2018).

Posição no ranking “Digital Economy and Society Index 2019”: 19ª entre os 28 estados- membros da UE. A Finlândia surge em primeiro lugar.

Posição no ranking “Women in Digital Scoreboard 2019”: 16ª entre os 28 estados-membros da UE. A Finlândia surge em primeiro lugar.

Posição no ranking “Ease of Doing Business Index 2020”: 39ª num conjunto de 190 economias. 14ª posição nos países UE-28.

 

Fig. 7 – Posição de Portugal no Ease of Doing Business Index em 2020.

 

Posição no ranking “Logistics Performance Index 2018”: 23ª num conjunto de 163 economias. A Alemanha está em primeiro lugar.

Posição no ranking “E-government Development Index 2018”: 29ª num conjunto de 194 economias. A Dinamarca está em primeiro lugar.

Posição no ranking “Inclusive Internet Index 2020”: 24ª num total de 100 países. A Suécia surge na 1ª posição.

Posição no ranking “Global Ecommerce Market” do World Retail Congress: 30ª. Em primeiro lugar surge os Estados Unidos da América.

Taxa de penetração da Internet: 75% em que 50% faz compras online. A média europeia é de 85,18% (Ecommerce Global Report 2019). No Reino Unido é de 95%.

Percentagem de e-shoopers: 50%. A média europeia é de 72% (Ecommerce Global Report 2019). No Reino Unido é de 85%.

Consumidores além-fronteiras: 85% segundo European B2C Ecommerce Report 2018 e 86% segundo o Global Ecommerce Market Ranking 2019.

E-PIB: 2,78% (European Ecommerce Report 2019). No Reino Unido é de 7,9%.

Taxa de crescimento do E-Commerce: 17% em 2018 (CTT e-Commerce Report 2019).

Percentagem de utilizadores de redes sociais: 69% (Global Digital Report 2020).

Influência das redes sociais no E-Commerce: 29,8% (“Os Portugueses e as Redes Sociais 2019”, Marktest).

Valor médio de compras online: 39,70€ (O Impacto do Coronavírus nos hábitos de consumo dos portugueses, SIBS).

Meio de pagamento mais utilizado: Referência Multibanco (Observador Cetelem eCommerce 2019).

Peso do Digital na economia portuguesa: 4,7% do PIB em 2017, totalizando 9 mil milhões de euros (“O Impacto do Digital na Economia Portuguesa da BCG”, Boston Consulting Group).


Qual é o perfil do e-shopper português?

Segundo o Barómetro E-shopper do DPDgroup de 2019, o comprador online regular tem entre os 18 e os 70 anos que compram online pelo menos uma categoria mensalmente. Estes representam 35% da população portuguesa de e-shoppers.

Já o CTT e-Commerce Report 2019 conclui que o perfil do e-buyer português caracteriza-se pela predominância do género feminino (51,5%) com idades ativas dos 25 aos 44 anos (66%), logo seguido dos mais jovens (23%). A maior parte viver nas zonas urbanas (Lisboa e Porto) e pertencentes às classes sociais média alta e média (81% e 77% respetivamente compram online).

A União Europeia estima que o número de consumidores online tem crescido em Portugal nos últimos anos, registando-se 44% dos portugueses com mais de 25 anos a comprarem na internet e 41% entre os 16 e os 25 anos. O género feminino destaca-se com 53% dos homens (43%) e os estudantes (40%) estão entre a população que mais opções de escolha faz no mundo digital, em comparação com a população empregada (32%) e desempregada (19%).

 

Quais são os websites mais procurados pelos e-shoppers portugueses?

De acordo com o estudo “O impacto do Digital na economia portuguesa” elaborado pela BCG surge em primeiro lugar o Continente, em seguida a Worten, o eBay, o Jumbo, a Fnac, a Apple, o Intermarché, a Amazon, a La Redoute e, por último, a ShowroomPrive. Note-se, portanto, que os sites de marca são os preferidos para os consumidores portugueses e que neste ranking, apenas 5 têm operações em Portugal.

 

Fig. 8 – 10 marcas com maior quota de mercado online (%).
Fonte: Estudo “O impacto do Digital na economia portuguesa” da BCG (Boston Consulting Group).


Segundo o European Ecommerce Report 2019, confirma-se aquilo que já foi mencionado anteriormente. O site de e-commerce chinês AliExpress reúne as preferências dos portugueses, em seguida surge o eBay, a Amazon, a FNAC, a Worten, o Continente, a La Redoute e, por fim, o Wook.

 

Fig. 9 – Os principais retalhistas de e-commerce em Portugal.
Fonte: European Ecommerce Report 2019 elaborado pelo Ecommerce Europe.

De acordo com o “Top 100 Online Shopping Portugal (dezembro de 2019)” elaborado pela Netquest, as 10 lojas online em Portugal da 1ª à 10ª posição são as seguintes: a Worten, Continente, FNAC, AliExpress, eBay, Amazon.com, Amazon.es, Auchan, Showroomprive e o Booking.

 

Fig. 10 – As principais 10 lojas online em Portugal
Fonte: Estudo “Top 100 Online Shopping Portugal” (dezembro de 2019) elaborado pela Netquest.


Segundo a análise netAudience realizado pela Marktest revela que o site Continente se encontra em primeiro lugar nos sites de E-Commerce em Portugal com um reach em PC de 1 milhão e 452 mil indivíduos. Por conseguinte, o marketplace Worten encontra-se em segundo lugar com um reach de 1 milhão e 403 mil indivíduos e cerca de 4.181 visitas. AliExpress, FNAC e Amazon completam a lista dos sites com maior alcance em março.

 

Fig. 11 – 20 sites com mais em Portugal.
Fonte: Ranking netAudience de março de 2020 elaborado pela Marktest Portugal.

Em volume de tráfego, a SimilarWeb indica que em março de 2020 o OLX.pt segue na linha da frente, seguido da Worten.pt, do Aliexpress.com, do Continente.pt e do Custojusto.pt.

Fig. 12 – Top 5 websites com mais procura em Portugal.
Fonte: SimilarWeb.


Algumas das melhores lojas online 100% nacionais de acordo com cada segmento de mercado:

Automóvel

 

Tráfego mensal Global

Tempo médio de visita

Média de páginas visitadas

AutoSapo

918.750

00:03:51

6.23

Santogal

476.357

00:03:53

6.3

Auto Compra e Venda

172.034

00:03:53

6.23

Matrizauto

170.328

00:04:00

5.58

Caetano Retail

160.980

00:01:30

3.76

CarPlus

140.332

00:02:44

2.96

Benecar

137.676

00:02:18

3.21

Novo Dono

122.503

00:01:44

2.16

Motores24h

96.092

00:01:56

3.6

Via Centro

75.647

00:02:16

3.23

AutoUsados

67.818

00:02:46

4.4

Autofix

65.524

00:03:08

2.67

ABmotor

53.911

00:01:45

3.57

Estoril Motor

47.365

00:03:06

5.46

SPR AUTO Acessórios

39.591

00:03:56

4.7

FISAcar

34.188

00:03:43

11.83

Auto.PT

33.237

00:05:33

4.3

Dados de Janeiro a Março 2020 (SimilarWeb)

O setor automóvel é, a meu ver, uma indústria envelhecida e que nos últimos anos está a passar por uma fase de profunda transformação e também de aprendizagem por parte das marcas. A compra de um automóvel ainda é para muitos um alto envolvimento emocional. Contudo, as plataformas digitais permitem criar micro momentos na decisão do consumidor, sendo que as pessoas preferem pesquisar primeiro e só depois deslocarem-se a um stand para realizar os seus test drives. Os consumidores utilizam os pontos de contacto digitais e o seu smartphone como uma poderosa ferramenta de research e que os ajuda a tomar determinadas decisões.

De acordo com o estudo “Gearshift” elaborado pela Kantar TNS em 2018 para o Google, 55% dos consumidores iniciam a sua pesquisa no offline e 45% no online. A pesquisa no Google (90%), os vídeos (79%) e os sites das marcas (70%) são os principais alvos na pesquisa online. Por conseguinte, as visitas aos stands (51%) e os test drives (39%) são de facto os principais pontos de contacto offline.

As principais ferramentas digitais que melhoram a jornada do consumidor e que são valiosas na tomada das suas decisões são a utilização do configurador do carro, o vídeo 360º e o vídeo de realidade aumentada.

A aquisição de um automóvel novo ainda acontece no concessionário (98%) e 2% no online, mas isto acontece não é devido à própria vontade do consumidor. A compra é offline, porque ainda é só dada essa opção aos utilizadores e aos consumidores. Efetivamente, as pessoas ainda não têm a opção de comprar online. Muitos consumidores são capazes de comprar online por conveniência, por preço e por ter acesso a automóveis que podem não estar em stock. Contudo, a experiência física ainda é muito importante no setor automóvel, nomeadamente, o momento de ensaio (o test drive).


Vestuário

 

Tráfego mensal Global

Tempo médio de visita

Média de páginas visitadas

Farfetch

58.47M

00:03:26

4.36

Salsa

2.409M

00:04:19

10.71

Clube Fashion

963.507

00:04:34

5.3

MO

885.617

00:04:14

7.75

Tiffosi

818.610

00:04:53

10.50

Lanidor

587.281

00:04:44

7.56

Lion of Porches

421.657

00:05:12

7.10

Sacoor Brothers

366.095

00:02:47

4.75

Quebramar

344.132

00:03:36

7.03

Decenio

332.757

00:05:52

5.13

Ericeira Surf Shop

198.049

00:04:03

8.11

Mr. Blue

180.724

00:03:31

5.20

Suits Inc

93.878

00:02:53

4.49

Giovanni Galli

90.176

00:03:14

9.31

Throttleman

55.075

00:02:32

5.77

SMK

30.829

00:02:50

6.38

Impetus

29.302

00:02:21

7.43

Dados de Janeiro a Março 2020 (SimilarWeb)

 

Calçado

 

Tráfego mensal Global

Tempo médio de visita

Média de páginas visitadas

Bazar Desportivo

734.353

00:04:27

12.98

Seaside

464.371

00:03:45

5.48

Xtreme

237.436

00:03.20

10.48

PROF

205.897

00:04:00

9.97

Sportino

201.674

00:04:08

6.50

Overcube

165.471

00:03:41

4.89

Undandy

137.320

00:02:31

3.36

EscapeShoes

122.853

00:02:04

3.80

Calçado Guimarães

122.544

00:03:42

8.19

Armazéns Ronfe

56.762

00:04:09

4.79

Stara

54.420

00:02:23

3.47

Minty Square

31.831

00:02:25

3.05

Gardenia

30.884

00:02:34

4.79

NOBRAND

24.122

00:02:10

3.50

Dados de Janeiro a Março 2020 (SimilarWeb)

 

Relojoaria e Joalharia

 

Tráfego mensal Global

Tempo médio de visita

Média de páginas visitadas

Bluebird

172.409

00:03:43

8.91

Boutique dos Relógios

171.413

00:03:10

7.96

Pereirinha

132.031

00:05:04

5.21

Zagari

61.678

00:01:47

4.07

Casa Batalha

22.135

00.00:54

4.01

KIKO Ourivesarias

16.492

00:01:33

8.09

Dados de Janeiro a Março 2020 (SimilarWeb)

 

Desporto

 

Tráfego mensal Global

Tempo médio de visita

Média de páginas visitadas

SportZone

2.939M

00:03:00

6.29

BOXPT Equipment

72.053

00:03:48

4.55

Oito.Um

51.308

00:01:55

3.54

Dados de Janeiro a Março 2020 (SimilarWeb)

 

Acessórios

 

Tráfego mensal Global

Tempo médio de visita

Média de páginas visitadas

Parfois

4.013M

00:05:17

8.42

Capiche

27.568

00:02:02

5.8

Dados de Janeiro a Março 2020 (SimilarWeb)

 

Tecnologia

 

Tráfego mensal Global

Tempo médio de visita

Média de páginas visitadas

PC Diga

4.400M

00:06:07

8.05

Rádio Popular

2.857M

00:04:28

4.24

PC Componentes

1.262M

00:04:29

4.29

Globaldata

970.764

00:05:43

7.01

Chip7

773.677

00:07:55

9.33

mbit

679.126

00:02:59

3:57

Phone House

386.178

00:02:44

5.21

Servelec Electrónica

344.146

00:04:01

5.12

Tek4Life

297.624

00:04:22

3.99

Chiptec

294.126

00:04:25

7.60

Onbit

255.237

00:04:14

6.45

P-Telemóveis

220.868

00:02:37

5.48

iServices

189.071

00:01:28

3.53

MHR

160.491

00:03:26

3.37

Electrofun

143.063

00:02:20

3.54

Alrossio

115.124

00:02:04

2.88

Coditek

113.145

00:01:47

3.09

Assismática

112.334

00:02:44

5.05

iStore

81.830

00:02:34

4.46

KIBO

63.892

00:03:10

3.61

GMS-Store

59.257

00:03:26

5.71

PTRobotics

52.640

00:03:49

5.67

Forall Phones

51.104

00:06:26

6.89

Lmobile

47.408

00:01:54

3.38

Dados de Janeiro a Março 2020 (SimilarWeb)

 

Livraria

 

Tráfego mensal Global

Tempo médio de visita

Média de páginas visitadas

Wook

4.679M

00:03:40

4.12

Bertrand

1.749M

00:03:40

4.58

Almedina

792.024

00:02:36

3.38

Leya

210.556

00:02:18

3.64

Gradiva

37.971

00:01:52

3.09

Editorial Presença

34.368

00:03:13

4.78

Dados de Janeiro a Março 2020 (SimilarWeb)

 

Mobiliário e decoração

 

Tráfego mensal Global

Tempo médio de visita

Média de páginas visitadas

JOM

419.608

00:04:05

8.26

Moviflor

268.286

00:04:05

9.19

Loja do Gato Preto

255.154

00:05:03

12.01

hôma

250.689

00:01:39

5.79

Vista Alegre

171.242

00:03:29

8.99

Kasa

152.715

00:03:58

9.63

Feira dos Sofás

125.095

00:02:38

6.11

Laskasas

51.300

00:03:15

5.19

A Vida Portuguesa

49.868

00:02:03

5.53

Bordallo Pinheiro

37.846

00:05:06

7.12

Dados de Janeiro a Março 2020 (SimilarWeb)

 

Perfumaria e Cosmética

 

Tráfego mensal Global

Tempo médio de visita

Média de páginas visitadas

Care to Beauty

1.499M

00:01:58

2.94

Perfumes & Companhia

661.984

00:03:38

4.59

SweetCare

661.259

00:03:07

3.91

Pluricosmética

528.166

00:04:29

6.98

Skin

444.146

00:03:48

4.51

Tulsi Cosmetics

339.342

00:05:26

7.55

Loja do Shampoo

254.516

00:03:09

5.25

Cosmetics

193.541

00:05:16

5.22

Castelbel

43.168

00:01:53

3.13

Claus Porto

34.092

00:02:44

3

Dados de Janeiro a Março 2020 (SimilarWeb)

 

Esta categoria de produtos já faz parte do hábito de consumo de muitas portuguesas. É um mercado bastante competitivo com muitos players internacionais e também nacionais.

 

Óticas

 

Tráfego mensal Global

Tempo médio de visita

Média de páginas visitadas

MultiOpticas

258.773

00:03:29

6.9

Lentes de Contacto 365

143.473

00:05:40

9.73

Alensa

64.456

00:03:20

5.57

Opticenter

26.050

00:00:41

3.21

Ergovisão

24.860

00:02:07

5.05

Lentesdecontacto.pt

17.965

00:02:08

3.21

Jorge Oculista

16.011

00:01:16

6.75

Alberto Oculista

13.452

00:00:52

1.83

OpticStore

10.682

00:01:21

4.26

Dados de Janeiro a Março 2020 (SimilarWeb)

 

O comércio eletrónico criou novas possibilidades de consumo pouco prováveis até a algumas décadas atrás. Uma destas é a venda online de óculos e lentes de contacto, segmento que é fortemente dominado pelo retalho físico. Até há bem pouco tempo desconhecia o potencial deste segmento de negócio no online. Em Portugal, ainda é uma categoria um pouco requisitada, mas tudo leva a crer que o panorama irá mudar nos próximos cinco anos. A autoanálise em casa é crítica para a compra de produtos e depois visitam a própria loja para experimentarem os óculos através da experimentação.

 

FMCG

 

Tráfego mensal Global

Tempo médio de visita

Média de páginas visitadas

Continente Online

10.05M

00:06:41

11.38

Mercadão

791.149

00:11:40

9.83

Comuniti

186.341

00:01:09

3.14

Dados de Janeiro a Março 2020 (SimilarWeb)

 

Considero que as grandes cadeiras de distribuição apostaram relativamente tarde em serviços de vendas online com entregas ao domicílio. O grande grupo económico Jerónimo Martins era pioneiro no E-Commerce através do Pingo Doce Online, mas cinco anos depois do seu lançamento fechou as portas. Já o Continente, por exemplo, está a apostar forte no E-Commerce desde 2001, relevando-se atualmente o único player nacional de destaque. Passados alguns anos, verificou-se que a Jerónimo Martins se associou ao Mercadão, um marketplace que vende artigos do Pingo Doce. Apesar do risco de a operação ser mínimo, para uma empresa com a notoriedade do Pingo Doce, faz pouco sentido estar a operar a longo prazo através de um marketplace. Nada impede que outras insígnias marquem presença no Mercadão e, desta forma, retirem o sentido de exclusividade. Isto de facto é preocupante, quando a própria Sonae MC e os outros concorrentes internacionais (ex: Auchan, El Corte Inglés) marca pontos diariamente.

 

De acordo com os dados da Kantar Wordplanel, o crescimento das vendas online de FMCG em Portugal foi de 5,9% em 2018. Nos EUA, o e-commerce cresceu 35,9%. Em Portugal, o comércio online de FMCG representa apenas 1,6% do total das vendas.

 

O desafio para as marcas e para os retalhistas passa sobretudo em ir ao encontro das necessidades de compra do consumidor, desenvolvendo uma oferta específica para a compra online com base no sortido, na segurança, na conveniência e na simplicidade ao longo do processo de compra.

 

Nutrição e suplementos alimentares

 

Tráfego mensal Global

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Média de páginas visitadas

Prozis

7.899M

00:06:22

8.58

Celeiro

1.118M

00:03:11

4.61

Nutribio

371.618

00:02:47

2.55

Naturitas

231.113

00:04:06

4.34

Enetural

105.111

00:02:20

3.33

Lifenatura

98.636

00:01:46

3.04

Dados de Janeiro a Março 2020 (SimilarWeb)

 

A Prozis é, sem sombra de dúvida, o líder nacional deste mercado e um verdadeiro estudo de caso. É considerada o maior retalhista de nutrição desportiva online da Europa, fazendo chegar os seus produtos a mais de 100 países.

 

Vinhos

 

Tráfego mensal Global

Tempo médio de visita

Média de páginas visitadas

Garrafeira Nacional

713.905

00:02:50

5.06

Portugal Vineyards

349.122

00:02:00

3.45

Vinha

96.924

00:01:27

2.44

Garrafeira Soares

71.090

00:02:50

5.39

Adegga

38.679

00:26:36

23.97

Quinta da Pacheca

33.171

00:01:44

2.21

OnWine

26.436

00:02:32

3.53

Garrafeira Estado Líquido

26.199

00:02:53

4.49

Vinhoweb

25.310

00:01:05

2.18

Adega Portuguesa

20.564

00:00:09

1.66

Monte da Ravasqueira

20.506

00:06:38

6.57

José Maria da Fonseca

20.176

00:01:13

2.11

Adega Mayor

11.655

00:01:47

3.44

Garrafeira do Carmo

10.063

00:00:28

1.41

Dados de Janeiro a Março 2020 (SimilarWeb)

 

Este mercado engloba diversas lojas online ligadas a garrafeiras físicas, a distribuidores de vinho, a produtores e a marketplaces.

 

A falta de eficiência de alguns websites é uma das grandes limitações do e-commerce do vinho, muito devido à falta de informação e à falta de otimização dos sites para smartphones. Para além disso, uma das questões mais difíceis de controlar são as vendas transfronteiriças por razões fiscais. Muitas pessoas compram vinho em websites de outros países, o que não é legal. Por último, é possível infringir os regulamentos legais, em particular, a idade mínima de compra.

 

Nota-se que as lojas online vendem mais para os chamados mercados da saudade e para os estrangeiros que de alguma forma já estiveram em Portugal de passagem e que conhecem o valor e a excelência dos vinhos portugueses.

 

Farmácia

 

Tráfego mensal Global

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Média de páginas visitadas

A Farmácia Online

516.966

00:01:10

1.97

A Sua Farmácia Online

343.101

00:02:08

3

Pharma Scalabis

192.377

00:02:22

3.74

Farmácia Nova da Maia

151.503

00:01:36

2.55

Sofarma

146.639

00:02:58

5

Farmácia em casa

139.262

00:00:47

1.86

Farmácia Sá da Bandeira

105.904

00:01:33

2.12

Farmacianaweb

100.853

00:01:44

2.27

Farmácia Barreiros

54.369

00:00:44

1.88

Remédio Santo

43.364

00:01:25

2.13

Farmácia Barata

41.484

00:02:13

4.5

A Minha Farmácia

25.022

00:01:36

3.21

FarmaHome

19.533

00:03:10

3.74

A Minha Farmácia Online

14.199

00:01:28

3.14

A Farmácia Digital

11.296

00:00:55

2.11

Farmácia.pt

11.011

00:01:20

2.31

Dados de Janeiro a Março 2020 (SimilarWeb)

 

A indústria farmacêutica será das que mais tem resistido à entrada do e-commerce, muito por se tratar de um setor conservador e altamente regulamentado, e com uma cadeia de valor diversificada. No mercado português, ainda continua a imperar um processo tradicional, de levantamento físico no ponto de venda (farmácias e parafarmácias).

 

Em 2010 segundo o Infarmed existiam 65 sites de farmácias autorizados a vender medicamentos. Dez anos depois existem 2806 farmácias com sites disponíveis e devidamente autorizados pelo Infarmed. Porém, há ainda farmácias que não têm o logótipo que identifica as farmácias online seguras e a respetiva ligação, o que leva a que muitas mais existem na web.

 

A meu ver, as pessoas deverão utilizar a loja online à semelhança do que acontece noutras áreas de negócio. Ou seja, procuram online, mas utilizarão os pontos de venda offline para finalizarem a sua compra. Por outro lado, também há pessoas, nomeadamente, os millennials que preferirão obter essa informação nas farmácias e depois efetuam a compra online, pois é mais cómodo, pode não exigir receita médica ou ser mais barato.

 

Banca

 

Tráfego mensal Global

Tempo médio de visita

Média de páginas visitadas

Caixa Geral de Depósitos

14.26M

00:05:55

11.55

BPI

6.654M

00:05:41

6.52

Novo Banco

5.561M

00:04:45

6.70

Banco CTT

1.502M

00:04:53

7.67

ActivoBank

1.490M

00:06:03

5.20

Millennium BCP

818.552

00:06:22

9.15

Banco BiG

527.037

00:07:00

7.69

Banco Best

380.400

00:06:10

6.45

Montepio Geral

303.845

00:01:37

1.57

Banco Invest

240.400

00:03:44

4.15

Atlântico Europa

90.189

00:28:48

10.75

Banco Carregosa

78.758

00:09:37

8.50

Caixa de Crédito Agrícola

41.732

00:00:34

1.39

Banco Finantia

27.533

00:00:59

1.76

Dados de Janeiro a Março 2020 (SimilarWeb)

 

A transformação digital alterou profundamente a relação entre os bancos e os seus clientes. Ao contrário do que se sucedia no passado, em que as operações bancárias só se podiam fazer ao balcão como, por exemplo, o levantamento de cheques, atualmente os bancos estão preparados para servir o cliente através de um simples website (homebanking) e/ou aplicação mobile. Nos últimos anos, estas ferramentas são uma forma de as instituições bancárias manterem uma certa proximidade aos clientes e os canais digitais tornaram-se, mais do que nunca, a joia da coroa dos bancos nacionais e internacionais.

 

Dados da Caixa Geral de Depósitos indicam que no passado mês de março 68% das operações bancárias foram feitas através dos canais digitais. As vendas digitais do Millennium BCP representam mais de 45% das suas vendas totais, enquanto que o Santander faz 35% das suas vendas no digital.

 

A utilização dos canais digitais é cada vez mais uma realidade nos clientes do setor bancário. Segundo o Banco de Portugal, em dezembro de 2018, existiam 65,3% de contas à ordem com acesso por internet. Por conseguinte, o Instituo Nacional de Estatística (INE) indicou que em novembro de 2019 existiam 56% utilizadores de internet que utilizam o internet banking, enquanto que em 2020 eram 38%. Por fim, o Eurostat indicou em janeiro de 2020 que dm 2019 existiam em Portugal 61% de utilizadores de internet banking através de redes móveis.

 

A realidade da transformação digital tem permitido alterações profundas no setor, nomeadamente com a presença cada vez maior de novos players e alterações nos consumidores. As BigTech e as FinTech são novos stakeholders no ecossistema digital bancário e representam novos desafios para os bancos. São essencialmente empresas tecnológicas de

 

grande escala e com uma elevada rede de utilizadores que fornecem serviços e soluções de pagamento em concorrência com os bancos.

 

Finanças

 

Tráfego mensal Global

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Comparajá

1.859M

00:02:06

3

Doutor Finanças

1.432M

00:01:38

1.52

Reorganiza

210.294

00:01:12

1.56

A Carteira

27.790

00:00:43

1.13

Dados de Janeiro a Março 2020 (SimilarWeb)

 

Brinquedos

 

Tráfego mensal Global

Tempo médio de visita

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Gameplay

61.193

00:03:05

3.41

Science4you

55.244

00:01:43

2.67

Diver

34.765

00:03:30

5.93

Jogo na Mesa

34.618

00:03:13

5.17

Kult Games

13.211

00:02:24

3.73

Bazar Paris

13.006

00:02:17

4.28

Concentra

11.047

00:01:31

4.30

Dados de Janeiro a Março 2020 (SimilarWeb)

 

Puericultura

 

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Zippy

892.299

00:04:23

6.90

Babyblue

132.555

00:17:42

23.30

Bybebé

94.073

00:03:06

2.82

Autobrinca

62.882

00:02:18

3.52

Play Up

61.710

00:01:48

5.05

Sítio do Bebé

44.722

00:06:46

6.25

Só Pequeninos

27.124

00:04:53

5.55

Ninho dos Coxixos

19.102

00:01:41

3.90

Baby Prendas

17.837

00:03:50

3.59

BabyGold

15.776

00:03:15

4.61

100% Bebé

12.328

00:01:21

3.57

Babyloop

11.906

00:01:46

4.12

Kiká Toys

9.450

00:02:27

2.68

NewBaby

6.184

00:01:21

2.75

Dados de Janeiro a Março 2020 (SimilarWeb)

 

Pet Supplies

 

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Barkyn

265.844

00:02:15

3.42

Goldpet

208.294

00:04:59

7.83

Petness

120.153

00:04:36

8.40

Pet City

60.317

00:05:09

9.94

Loja do Cão

46.709

00:02:54

3.79

Telecão

21.893

00:01:40

3.75

Pet Online

17.937

00:00:40

3.23

Pet Rações

11.008

00:02:26

5.25

Waggyn

8.976

00:02:37

4.65

Dados de Janeiro a Março 2020 (SimilarWeb)

 

Ticketing

 

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Ticketline

1.562M

00:02:45

5.08

Blueticket

449.120

00:02:39

2.48

Dados de Janeiro a Março 2020 (SimilarWeb)

 

A venda de bilhetes para eventos é dominada por dois operadores: a Ticketline que já existe há mais de 20 anos e a Blueticket.

 

Imobiliário

 

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Casa Sapo

2.815M

00:05:26

7.14

Uniplaces

2.087M

00:03:48

5.02

Zome Now

313.321

00:07:15

4.29

HomeLovers

65.636

00:02:46

4

Casafari

59.641

00:09:51

55.06

Home Hunting

39.423

00:00:47

1.81

Kazzify

13.766

00:00:11

1.53

Dados de Janeiro a Março 2020 (SimilarWeb)

 

Hoje em dia, 90% das pesquisas de propriedades iniciam-se online. Estas plataformas surgiram da necessidade de evoluir e criar um serviço diferenciador e inovador, alterando por completo o paradigma do ramo imobiliário. A tendência é que fruto da inteligência artificial, as PropTech (empresas tecnológicas no setor imobiliário) vão proliferar-se, revolucionando a maneira como os imóveis são avaliados, comprados, vendidos e geridos.

 

Impressão

 

Tráfego mensal Global

Tempo médio de visita

Média de páginas visitadas

360imprimir

380.872

00:06:21

5.74

Vistaprint

29.269

00:03:03

5.61

Dados de Janeiro a Março 2020 (SimilarWeb)

 

Marketplaces

 

Tráfego mensal Global

Tempo médio de visita

Média de páginas visitadas

Worten

17.63M

00:04:52

6.33

Custo Justo

14.84M

00:08:06

11.85

Fnac.pt

10.64M

00:03:57

4.72

KuantoKusta

9.286M

00:03:50

4.31

Dott

1.948M

00:02:23

4.51

Raize

533.730

00:05:44

6.68

Adegga

38.679

00:26:36

23.97

Minty Square

31.831

00:02:25

3.05

Agri Marketplace

13.562

00:03:48

2.98

MercaChefe.pt

6.722

00:00:29

3.27

Dados de Janeiro a Março 2020 (SimilarWeb)

 

O considerável desempenho contínuo do comércio eletrónico em Portugal está a atrair a atenção de novos players.

O KuantoKusta é uma plataforma digital que surgiu inicialmente como um site de comparação de preços, mas lançou o seu próprio marketplace no final de 2018.

O Dott surgiu em Fevereiro de 2019 fruto de uma joint venture entre os CTT e a Sonae. Este marketplace tem como missão ser o site de compras online de referência em Portugal. Os targets do Dott são os millennials, os young professionals e as pessoas com mais de 55 anos.

Em 2018, a Worten investiu 7 milhões de euros no seu negócio digital marketplace e atualmente é um dos sites com mais vendas online em Portugal.

O CustoJusto foi lançado em dezembro de 2008 em Portugal. Tem como principal concorrente o OLX e atualmente reúne mais de um milhão de anúncios, sendo um dos portais de classificados de referência no país.

A FNAC apostou num marketplace em Portugal em 2010. Até então tem evoluído e hoje disponibiliza mais de seis milhões de produtos de diversas categorias.

De acordo com o estudo Observador Cetelem eCommerce 2019, os e-shoppers portugueses continuam a preferir comprar nos sites de marca/lojas (79%) do que em marketplaces (60%). Aos poucos, os marketplaces têm vindo a ganhar mais adeptos devido à diversidade de oferta.

Constata-se que as áreas de negócio mais maduras a nível de e-commerce são o segmento fashion (vestuário e calçado), hotelaria e viagens e o segmento eletrónico de consumo (telemóveis, gadgets, etc.). Por outro lado, as categorias de consumo que se encontram mais atrasadas ao nível da sua adoção são a saúde e o automóvel.

O COVID-19 deve ser visto como uma oportunidade de crescimento no e-commerce

O e-commerce tem uma elevada margem de crescimento e durante estes tempos de pandemia mundial, há que aproveitar ao máximo o confinamento dos portugueses, de modo a oferecer produtos, serviços e, sobretudo, uma boa experiência de compra.

A nível global, a procura pelo canal online acentuou-se exponencialmente. Desde a segunda quinzena de março, as compras online têm ganho um peso crescente relativamente ao total de compras efetuadas e o e-commerce afirmou-se como a única possibilidade de venda por parte de muitas PMEs de diversos setores de atividade.

Na verdade, a alteração dos canais offline para os canais online apresenta uma oportunidade crucial e uma readaptação do negócio. As PMEs devem agir para aumentar a digitalização dos serviços durante a pandemia para sustentar os seus negócios.

Na semana passada, a ACEPI (Associação da Economia Digital) informou que o registo de domínio .pt triplicou desde o início da pandemia em Portugal. Este crescimento estará relacionado com a resposta à crise com pequenos e médios negócios a transitar para o digital, como forma de vender os seus produtos e serviços. Ao todo existem mais de 1.210.000 domínios

.pt registados. Note-se que em 2019 houve um recorde histórico de domínios registados. Registaram-se 121.359 novos registos, mais 10.799 do que em 2018.

Em relação à semana de 30 de março a 5 de abril, a consultora GfK notou que as vendas online de produtos tecnológicos aumentaram acentuadamente em Portugal, nomeadamente, impressoras multifunções, consolas de jogos e computadores portáteis. Portanto, há uma janela de oportunidade a explorar através do e-commerce.

As cadeias de hipermercados tiveram que reforçar as suas equipas para dar resposta à crescente procura por parte dos portugueses. Este crescimento expôs muitas debilidades do e-commerce neste setor ao nível dos tempos de resposta e da capacidade e formação do capital humano. A experiência do utilizador também não é a melhor.

Claro que nem todos os setores vão beneficiar deste aumento de tráfego online. Todavia, é imprescindível evidenciar que o valor médio de compras online aumentou cerca de 6% para 39,7 euros, segundo a SIBS.

Muitas organizações estavam a pensar criar as suas próprias lojas online e com esta situação viram-se obrigadas a lançarem agora. São os casos das tintas Barbot, do Espaço Casa, dos produtos de cosmética Dvine, entre outros exemplos. Outras empresas tinham a sua loja online em ação, mas que aproveitaram esta altura para se readaptar e apresentar novas gamas de produtos. É o caso do universo Nabeiro através da sua nova loja mydeltaq.com. Note-se ainda a enorme iniciativa que a 360imprimir quando se juntou com o Recheio e implementou a www.360hyper.pt. Além disso, há que dar os meus sinceros parabéns à iniciativa dos CTT, do Dott e da CIM da Região de Coimbra ao implementarem em conjunto a feira do queijo online. Por fim, dou especial relevância a um novo ginásio online disponível em https://ginasio-online.pt/. Algo que nunca tinha sido feito no país.

É necessária, portanto, uma mudança radical por parte do tecido empresarial português na forma como encaram o online. Caso contrário, muito em breve, players como a Amazon iniciarão as suas operações em Portugal, colocando os seus centros de expedição em Espanha, prontos para servir o nosso país e alterando completamente o panorama do comércio eletrónico nacional a favor do consumidor final, fechando a porta do digital ao comércio português.

O E-Commerce irá certamente crescer e desempenhar um papel fundamental na economia nacional, uma vez que ainda há muito espaço para crescer em Portugal, sendo importante que as empresas entendam a sua devida importância e o utilizem para captar ainda mais negócio.

 

Referências:

Relatório “Consumers’ attitudes towards cross-border trade and consumer protection 2018” da Comissão Europeia disponível em:

https://ec.europa.eu/info/sites/info/files/consumer-survey-2018-main-report_en.pdf

 

European E-Commerce Report 2019 disponível em

https://www.ecommerce-europe.eu/wp-content/uploads/2019/07/European_Ecommerce_report_2019_freeFinal-version.pdf

 

Estudo “Global Digital Report 2020” da We Are Social e da Hootsuite relativo a Portugal disponível em: https://datareportal.com/reports/digital-2020-portugal

 

Estudo de Natal 2019 da Deloitte disponível em: https://www2.deloitte.com/pt/pt/pages/consumer-business/topics/estudos-de-natal/estudo-de-natal-2019.html

 

Portugal – Fim dos centros comerciais ou início de uma nova geração? da CBRE disponível em: https://www.cbre.pt/en/research-and-reports/Portugal—Fim-dos-centros-comerciais-ou-incio-de-uma-nova-gerao-Maio-2018

 

European B2C Ecommerce Report 2018 disponível em:

 

“Global Ecommerce Market” do World Retail Congress disponível em: https://www.worldretailcongress.com/media/Global_ecommerce_Market_Ranking_2019_001.pdf

 

“IPC Cross-border E-commerce Shopper Survey 2019” do International Post Corporation (IPC) disponível em:

https://www.ipc.be/services/markets-and-regulations/cross-border-shopper-survey

 

“Digital Economy and Society Index 2019” disponível em:

https://ec.europa.eu/digital-single-market/en/news/digital-economy-and-society-index-desi-2019

 

“Women in Digital Scoreboard 2019 disponível em:

https://ec.europa.eu/digital-single-market/en/news/women-digital-scoreboard-2019-country-reports

 

“Inclusive Internet Index 2020” disponível em: https://theinclusiveinternet.eiu.com/explore/countries/performance

 

“Os Portugueses e as Redes Sociais 2019” da Marktest disponível em: https://www.marktest.com/wap/a/grp/p~96.aspx

 

“O Impacto do Coronavírus nos hábitos de consumo dos portugueses” da SIBS disponível em: https://www.sibsanalytics.com/noticias/o-impacto-do-coronavirus-nos-habitos-de-consumo-dos-portugueses/

 

Observador Cetelem eCommerce 2019 disponível em: https://www1.cetelem.pt/oobservador/estudos.html

 

“O Impacto do Digital na Economia Portugal” da BCG (Boston Consulting Group) disponível em: http://image-src.bcg.com/Images/O-impacto-do-Digital-na-economia-portuguesa_tcm72-214461.pdf

 

Barómetro E-shopper 2019 do DPDgroup disponível em: https://dpd.pt/solucoes-e-commerce/barometro-e-shopper-2019

 

IPC Cross-border E-commerce Shopphttps://dpd.pt/solucoes-e-commerce/barometro-e-shopper-2019er Survey 2019 do International Post Corporation (IPC) disponível em: https://www.ipc.be/services/markets-and-regulations/cross-border-shopper-survey

 

Ranking de sites eCommerce de Março de 2020 disponível em: https://www.marktest.com/wap/a/n/id~2625.aspx

 

Estudo Kantar TNS “The Drive to Decide” disponível em: http://static.viatecla.com/apdc/share/2019-03/2019-03-22171909_f667a141-09d0-450a-abe0-07cd6be4708f$$e735a362-ec13-41a6-87ba-9a8167f340d6$$d71fe79d-cf13-4361-b64e-59473e103897$$File$$pt$$1.pdf

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