Miguel Van Uden
Sócio Gerente - H3
Já tenho 15 anos de experiência em restauração em Portugal. Ao longo destes 15 anos muitas coisas mudaram e hoje em dia vivemos numa altura em que as mudanças acontecem vertiginosamente e temos de estar preparados para elas.
Julgo que dois dos fatores mais importantes para estas mudanças são o turismo e as novas tecnologias.
O turismo, como todos sabemos e notamos diariamente, teve um crescimento brutal na cidade de Lisboa nos últimos cinco anos. Com o turismo a restauração obrigatoriamente cresceu.
Um crescimento acelerado acarreta muitos riscos. Se por um lado temos um mercado de restaurantes de assinatura de Chef que cresce com alguma sustentabilidade, temos o outro mercado dos restaurantes de médio/baixo ticket que muito tem sofrido com este crescimento desmesurado.
Voltou a ideia que abrir um restaurante é fácil. Apenas é necessário algum capital para investimento e eventualmente algum gosto pela cozinha. Quantos casos já vi de pessoas que investiram todas as suas economias em restaurantes e perderam tudo.
Sou muitas vezes solicitado para aconselhamento sobre novos projetos na área da restauração. A maior parte dos projetos têm falhas graves que indiciam logo o seu provável fracasso. Já vi casos em que o empresário tinha o espaço, projeto de arquitetura e decoração feitos, mas não tinha pensado ainda no conceito de restauração. Não tinha uma ementa pensado. Ou seja, inverteu todo o processo!
Muitos destes restaurantes são concebidos à pressa com a cenoura dos turistas que passam à porta. A grande maioria (obviamente existem casos de sucesso) nunca chega a ser um negócio. Muitos deles estão cheios à horas das refeições, mas devido a falhas no planeamento financeiro acabam por ser mais um problema do que uma realização.
Em conclusão, falta muita formação neste setor para que os projetos sejam mais sustentados, não estraguem vidas a novos empresários e também que prestem um melhor serviço aos clientes. Julgo que podemos contar com o contributo da Escola de Comercio para combater este problema.
Como já me alonguei deixo o fator das novas tecnologias para uma próxima oportunidade.
Já tenho 15 anos de experiência em restauração em Portugal. Ao longo destes 15 anos muitas coisas mudaram e hoje em dia vivemos numa altura em que as mudanças acontecem vertiginosamente e temos de estar preparados para elas.
Julgo que dois dos fatores mais importantes para estas mudanças são o turismo e novas tecnologias.
O turismo, como todos sabemos e notamos diariamente, teve um crescimento brutal na cidade de Lisboa nos últimos cinco anos. Com o turismo a restauração obrigatoriamente cresceu.
Um crescimento acelerado acarreta muitos riscos. Se por um lado temos um mercado de restaurantes de assinatura de Chef que cresce com alguma sustentabilidade, temos o outro mercado dos restaurantes de médio/baixo ticket que muito tem sofrido com este crescimento desmesurado.
Voltou a ideia que abrir um restaurante é fácil. Apenas é necessário algum capital para investimento e eventualmente algum gosto pela cozinha. Quantos casos já vi de pessoas que investiram todas as suas economias em restaurantes e perderam tudo.
Sou muitas vezes solicitado para aconselhamento sobre novos projetos na área da restauração. A maior parte dos projetos têm falhas graves que indiciam logo o seu provável fracasso. Já vi casos em que o empresário tinha o espaço, projeto de arquitetura e decoração feitos, mas não tinha pensado ainda no conceito de restauração. Não tinha uma ementa pensado. Ou seja, inverteu todo o processo!
Muitos destes restaurantes são concebidos à pressa com a cenoura dos turistas que passam à porta. A grande maioria (obviamente existem casos de sucesso) nunca chega a ser um negócio. Muitos deles estão cheios à horas das refeições, mas devido a falhas no planeamento financeiro acabam por ser mais um problema do que uma realização.
Em conclusão, falta muita formação neste setor para que os projetos sejam mais sustentados, não estraguem vidas a novos empresários e também que prestem um melhor serviço aos clientes. Julgo que podemos contar com o contributo da Escola de Comercio para combater este problema.
Como já me alonguei deixo o fator das novas tecnologias para uma próxima oportunidade.